quinta-feira, 23 de junho de 2011

Osso, carne e sangue.

Estou fechando mais um ciclo.
Em outras palavras, estou terminando mais um livro.
As pessoas começam a contar como novo ano o primeiro dia de janeiro, bem, nem todas.
Uma coisa curiosa a meu respeito - e eu acredito que nunca disse isso a ninguém,
mas acho que já é hora de saberem - é que eu começo um novo ano a cada 29 de junho.
Os últimos 29 dias tem sido o Apocalipse na Terra, pra mim.
De um lado, uma parte de mim tentava erguer muros tão altos e guardar o passado atrás deles
e do outro, outro Samir, o diabólico, tentava derruba-los a marretadas.
Não sei quantos de vocês tem conflitos interiores, mas os meus são horriveis.
Confesso que o diabólico tinha as chaves - todas as chaves-,
mas, eu não sei... aos poucos tenho me sentido livre das correntes.
Tenho aprendido a andar sozinho outra vez e tenho gostado disso.
O cheiro de ar puro é bom.
Isso com certeza foi um chute no saco do outro,
quem disse que eu não ficaria tão bem sem você?
Costumo dividir as pessoas em dois grupos:
os que amam - ou nas minhas palavras, os manipulaveis -
e os que não amam - ou, os que manipulam -.
O ruim de guardar duas almas é isso,
você nunca sabe exatamente de que lado está.
Eu estava dos dois lados, e essa não é a parte boa.
A parte boa é que eu queimei uma delas.
A parte boa é que agora as dores são motivo de risada,
eu transformei o acaso - o nosso acaso - em piada.
O futuro nunca existiu e embora
o outro soubesse disso - imaginem, ele implorou por mais uma chance! -
ele tentava acreditar que pudesse estar errado.
O outro. Digo, a parte boa de mim.
A parte boa disso tudo
é que você o trouxe de dentro pra fora.
O demônio se sentou ao trono.



He tries to make his peace with God
All is forgivable but he's left a little late
Trying something that he's not
Is impossible to change such a lot.
(The mand who would be king - Iron Maiden)

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