quarta-feira, 29 de junho de 2011

Em 21 de abril de 1967, o 100.000º veículo GM saiu da linha de montagem na fábrica em Janesville.
Era um Caprice azul de duas portas.
Houve uma grande cerimônia e até o Vice-Governador apareceu.
Três dias depois, outro carro daquela mesma linha saiu, mas ninguém deu importância a 'ele'.
Mas deviam ter dado.
Porque este Chevrolet Impala 1967 tornaria-se o objeto mais importante em praticamente todo o universo.
'Ele' pertenceu primeiramente a Sal Moriarty, um alcoólatra com duas ex-mulheres e três artérias bloqueadas.
Nos fins de semana, ele dirigia sem rumo, entregando Bíblias aos pobres.
"Preparando as pessoas para o Dia do Juízo Final." Isso é o que ele dizia.
Sam e Dean não sabem nada sobre isso, mas se soubessem eu aposto que sorririam.
Depois que Sal morreu, 'ele' acabou na Rainbow Motors, um terreno de carros usados
em Lawrence - Kansas, onde um jovem fuzileiro o comprou por impulso.
Isto é, depois de um pequeno conselho de um amigo.

Eu acho que é aí que esta história começa.
E aqui é onde termina.

O Impala, claro, tem todas as coisas que outros carros têm... e algumas coisas que eles não têm.
Mas nenhuma dessas coisas é importante.
Isso é o que é importante:
O soldadinho que Sam enterrou no cinzeiro quando era criança ainda está preso lá.
Os Legos que Dean enfiou na fenda de ventilação também...
Até hoje, quando o calor entra dá para ouvi-los chacoalhar.
Estas são coisas que fazem o carro pertencer a eles. Ser realmente deles.
Mesmo quando Dean 'o' reconstruiu do nada,
ele garantiu que todas essas pequenas coisas ficassem,
porque são as manchas que 'o' tornam bonito.
O Diabo não sabe nem se importa que tipo de carro os rapazes dirigem.

Entre trabalhos, Sam e Dean, às vezes tinham dias, às vezes uma semana de folga - se tivessem sorte.
Passavam o tempo todo tentando ganhar dinheiro.
Sam insistia em um trabalho honesto, mas depois de um tempo começou a apostar na sinuca como seu irmão.
Eles iam a todo lugar e faziam qualquer coisa.
Dirigiam 1,700 km para ver um show do Ozzy. Dois dias para ir a um jogo dos Jayhawks.
E quando o céu estava claro, estacionavam no meio do nada,
sentavam-se no capô e olhavam as estrelas por horas... sem dizer uma palavra.
Nunca ocorreu a eles, que, claro, talvez eles nunca tenham tido um teto e quadro paredes,
mas nunca estiveram, de fato, sem casa.

Finais são difíceis.
Qualquer pé-rapado com um teclado pode inventar um começo, mas finais são impossíveis.
Você tenta unir todas as pontas soltas, mas nunca consegue. Os fãs vão sempre reclamar.
Sempre haverá buracos. E já que é o final, ele deveria significar alguma coisa.
Estou dizendo, eles são uma encheção de saco.

Essa será a última vez que Dean e Bobby se veem por muito tempo.
Só para constar, semana que vem Bobby irá caçar um Rugaru em Dayton. Mas não Dean.
Dean não queria ter sido salvo por Cas.
Cada parte dele, cada fibra sua queria ter morrido ou achado um jeito de trazer Sam de volta.
Mas ele também não vai fazer isso, porque ele fez uma promessa.

Então tudo isso foi para quê? É difícil dizer...
Mas eu digo que isso foi um teste... para Sam e Dean.
E eu acho que eles fizeram tudo certo.
Lutaram contra o bem e o mal. Anjos, demônios, destino e até o próprio Deus.
Eles fizeram suas próprias escolhas. Eles escolheram a família.
E bem... não era essa a intenção?

Sem dúvida... finais são difíceis. Mas de novo... nada realmente acaba, não é?

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